quinta-feira, 21 de novembro de 2013


INTRODUÇÃO


A IMPORTÂNCIA DA MULHER.



Atualmente as diferenças entre homens e mulheres, ligando o gênero ao
trabalho, ao poder e ao sexismo na sociedade se tornaram um foco de pesquisas de
área e uma realidade social importante.
Tanto as mulheres como os homens ocupam os mais diferentes papéis, que
por sua vez, se constituem num conjunto de inter-relações que pode servir como
objeto de investigação.
Como as mulheres, desde as sociedades mais antigas, sempre foram
marginalizadas e até mesmo tratadas como aberração ou como um ser incompleto,
torna-se evidente e necessário ir além de apenas nomear as grandes, mas sim
buscar a história de muitas que permanecem invisíveis à história da humanidade.
Os sujeitos oprimidos ao longo da história foram representados na
historiografia, na literatura, nos meios de comunicação de muitas formas, mas,
sempre houve a predominância das representações produzidas pela classe
dominante.
Podemos dizer que a história das mulheres é fundamental para se
compreender a história geral, uma vez que ela é relacional, e inclui tudo o que
envolve o ser humano, suas aspirações e realizações, seus parceiros e
contemporâneos, suas construções e derrotas.
Escrever sobre a história das mulheres significa apresentar fatos pertinentes,
idéias, perspectivas para todos que buscam refletir sobre o mundo contemporâneo
ou procurem nele interferir. Trata-se de enfocar a mulher através das tensões e
contradições que se estabelecem em diferentes épocas, tempos e sociedades.
Desvendar as relações entre a mulher e o grupo, procurando mostrar que ela como
ser social, articula-se com o fato social. As transformações da cultura e as mudanças
nas idéias nascem das dificuldades de uma época, de um indivíduo, homem ou
mulher.
Globalmente o trabalho das mulheres e das feministas permanece focalizado
na localização do poder em bases de gênero. As questões de poder e as relações
de gênero estruturam todas as facetas da vida. Pois são as relações de poder que
determinam à divisão social do trabalho.
Uma pesquisa feminista reforça e argumenta sobre a necessidade de se
estudar as mulheres, caso contrário, veríamos apenas parte da figura da raça
humana.3
Diante dos pressupostos, temos a intenção de realizar uma descrição,
associada à uma análise de conceitos, diante dos quais, as mulheres na esfera
pública, passam a ser submetidas a preconceitos e estigmatizações.
Analisar, compreender e discutir a educação da mulher no Brasil desde o
período colonial até a atualidade, não esquecendo as diversas fases de luta por
conquista de direitos como, o movimento feminista, passando pelo o trabalho nas
fábricas até a luta de classes.
No primeiro momento abordou-se sobre o que alguns estudiosos pensam

sobre a mulher, seus papéis e influências nas sociedades humanas, assim como o
movimento feminista e sua importância na busca pela conquista de direitos para as
mulheres e como elas, passando pela exploração trabalhista na fase da
industrialização brasileira até as primeiras formas de participação na luta de classes.
No momento seguinte, tentamos focalizar determinados aspectos presentes
no contexto social e que contribuíram para a evolução da educação feminina, desde
o Brasil colônia, imperial, altamente influenciada pela mentalidade européia da
época, bem como as representações sociais que contribuíram para as mudanças e
permanências que interferem na ocupação do espaço público pelo segmento
feminino.
O intuito é promover uma breve discussão de situações que permeiam a
vida das mulheres nas sociedades patriarcais, como é o caso da nossa. O
documento é, portanto, um momento de reflexão sobre os caminhos que as
mulheres traçaram em suas vidas, porque, para que haja um reconhecimento
político-social feminino, não basta que as mulheres apenas se conscientizem de
seus entraves sociais. Além disso, se faz necessário que os homens percebam que
uma sociedade melhor requer o reconhecimento de várias opressões sociais e uma
constante reflexão dialógica, para que as existências não sejam anuladas e para que
as diferenças tenham o espaço necessário para serem negociadas.


A mulher era um ser destinado à procriação, ao lar, para agradar o outro.
Durante o desenvolvimento das sociedades, a história registra a discriminação
homem-mulher, principalmente em relação à educação. Ao atribuir aos homens a
condição de donos do saber e às mulheres o papel feminino, subordinado
ideologicamente ao poder masculino, a história vem salientar as desigualdades.
As concepções divulgadas no século XVII reforçaram a imagem da mulher
como um ser sem vontade própria. Rousseau (GASPARI, 2003, p. 29) detinha um
discurso de que a educação feminina deveria ser restrita ao doméstico, pois,
segundo ele, elas não deveriam ir em busca do saber, considerado contrário à sua
natureza. Essa sociedade que lutava tanto por liberdade, passou a exigir que as
mulheres fizessem parte dela, mas como mães, guardiãs dos costumes, e como
seres dispostos a servir o homem.
Kant (GASPARI, 2003, p. 31) usa um discurso sexista ao descrever sobre a
mulher e seu viver para o homem, não a reconhecendo enquanto sujeito atuante da
história. Foi influenciado por Rousseau ao utilizar a idéia de inferioridade feminina
com relação à sua incapacidade de raciocinar como o homem, reforçando a idéia de
inferioridade feminina.
No século XVII, utilizando-se de oportunidades que vão sendo oferecidas,
como a freqüência a salões, onde podem se aproximar dos poetas, escritores e
palestrantes, algumas mulheres conseguiram firmar-se no terreno intelectual. E,
mesmo permanecendo as idéias preconceituosas de que a mulher não podia possuir
ao mesmo tempo a beleza e a razão, algumas buscam aprimorar e adquirir
conhecimentos intelectuais através de leituras. ”[...] a natureza fez a mulher diferente
do homem, atribuindo-lhe características inerentes. A sedução, por exemplo, é fonte
de poder para a natureza feminina e a falta de autodeterminação da mulher é
também intrínseca à sua natureza”.(GASPARI, 2003, p. 32).
Para tentar, talvez, isentar-se da responsabilidade de ter sido autora da
desigualdade social e política, na sociedade, implantou-se uma visão cultural de que
a mulher é inferior ao homem e não pela educação que lhe foi negada.
Essa mesma visão não igualitária entre os sexos, que preconiza o masculino
com base em preconceitos e esteriótipos, provavelmente foi a responsável pela


consolidação de uma sociedade machista nos séculos XIX e XX.
Ao analisarmos as idéias dos filósofos mencionados, fica evidente que no
“período das luzes”, uma característica marcante foi a de pensar a diferença
feminina, acentuada pela inferioridade, baseada no direito natural. No imaginário dos
filósofos, não havia necessidade alguma de conferir à mulher um estatuto político,
pois para a ideologia do século XVIII, o homem era a causa final da mulher.
Devido às idéias iluministas, o romantismo favoreceu o desenvolvimento e a
expressão do amor em todas as suas formas. Nota-se a discriminação, consolidada
pelo discurso da mulher frágil, emotiva, amorosa, incapaz, portanto, “inferior”, não
permitindo o acesso ao conhecimento dessa condição opressiva.
No século XIX, surge um novo discurso filosófico sobre a mulher. Com as
manifestações contra a discriminação feminina e a luta pelo direito ao voto,
acontecimentos que prevêem uma melhoria na perspectiva da forma de viver das
mulheres.
Nitzsche considera a mulher como “ser” fracassado que busca elevar-se
alterando seus padrões próprios de conduta na sociedade.
Dá ao homem a responsabilidade de manter a mulher dependente e sob seu
domínio. Assim, ele entende que o homem tem de “[...] conceber a mulher como
'posse' como propriedade a manter sob sete chaves, como algo destinado a servir e
que só então se realiza.” (NIETZSCHE, 19992, p.143). Na sua concepção, ele define
“cabeça oca” os homens que apóiam a emancipação feminina, a qual ele considera
ponto alto para a regressão da mulher e sua desfeminização.
O preconceito às mulheres, evidenciado por vários filósofos contribuirá para
sua não aceitação no espaço público protelando o acesso às oportunidades.
Como a história é dinâmica, valores e discursos vão se alterando, no século
XIX, ampliam-se a reflexão sobre as mulheres, permeada pelo direito, a igualdade e
a busca da emancipação, principalmente com a invenção do feminismo, cujo maior
destaque será no século XX.consolidação de uma sociedade machista nos séculos XIX e XX.
Ao analisarmos as idéias dos filósofos mencionados, fica evidente que no
“período das luzes”, uma característica marcante foi a de pensar a diferença
feminina, acentuada pela inferioridade, baseada no direito natural. No imaginário dos
filósofos, não havia necessidade alguma de conferir à mulher um estatuto político,
pois para a ideologia do século XVIII, o homem era a causa final da mulher.
Devido às idéias iluministas, o romantismo favoreceu o desenvolvimento e a
expressão do amor em todas as suas formas. Nota-se a discriminação, consolidada
pelo discurso da mulher frágil, emotiva, amorosa, incapaz, portanto, “inferior”, não
permitindo o acesso ao conhecimento dessa condição opressiva.
No século XIX, surge um novo discurso filosófico sobre a mulher. Com as
manifestações contra a discriminação feminina e a luta pelo direito ao voto,

acontecimentos que prevêem uma melhoria na perspectiva da forma de viver das
mulheres.
Nitzsche considera a mulher como “ser” fracassado que busca elevar-se
alterando seus padrões próprios de conduta na sociedade.
Dá ao homem a responsabilidade de manter a mulher dependente e sob seu
domínio. Assim, ele entende que o homem tem de “[...] conceber a mulher como
'posse' como propriedade a manter sob sete chaves, como algo destinado a servir e
que só então se realiza.” (NIETZSCHE, 19992, p.143). Na sua concepção, ele define
“cabeça oca” os homens que apóiam a emancipação feminina, a qual ele considera
ponto alto para a regressão da mulher e sua desfeminização.
O preconceito às mulheres, evidenciado por vários filósofos contribuirá para
sua não aceitação no espaço público protelando o acesso às oportunidades.
Como a história é dinâmica, valores e discursos vão se alterando, no século
XIX, ampliam-se a reflexão sobre as mulheres, permeada pelo direito, a igualdade e
a busca da emancipação, principalmente com a invenção do feminismo, cujo maior
destaque será no século XX.


http://educacao.uol.com.br/bancoderedacoes/qual-o-papel-da-mulher-na-sociedade-brasileira-atual.jhtm


ACESS0 EM 21/11/13
HORA:21:08

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